Alucinação

Há momentos assim, em que o mundo parece andar às avessas.

Dança


"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza, verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma."

Isadora Duncan (1878-1927)

moinho

Só para lembrar que as energias renováveis, são conhecidas em Portugal há séculos.

Relógio

Implacável, o relógio segue o seu caminho.

Teia

Assim, ostentando o orvalho da manhã nem parece uma armadilha silenciosa, à espera de um qualquer incauto que passe. Lembra-me Cavaco que silenciosamente vai tecendo a sua teia, também ele à espera das vítimas distraídas que fiquem ao seu alcance.

Rio Azul!

Não há no mundo um Rio Azul igual ao teu
que em certos dias é mesmo da cor do céu
...............................................................

Curvado

Cansado. Com o dorso curvado pelo peso dos dias e pela miséria das mentiras diárias.
Ou apenas um ser despojado e humilde, como se tivesse saído agora de um qualquer útero.

Barrete

Para quando políticos que deixem o barrete ganhar teias de aranha, em vez de teimarem em lhe dar uso a toda a hora.

Barba

Com um tejadilho como tecto e um retrovisor como espelho, ainda sobra vontade para o barbear matinal.

Música

Para desenjoar, deixo aqui o Paulo Gonzo num excelente momento.

Memória 2

Mais um exemplo, da dinâmica económica característica do Cavaquistão, de má memória.
Em busca de mais um tacho e a sonhar com o presidencialismo, até é capaz de dizer mal de si próprio. Como dizia o poeta, "ó glória de mandar, ó vã cobiça....."

Memória do cavaquismo

O silêncio de Cavaco destina-se a fazer esquecer a marca que deixou na sociedade portuguesa. Cabe a quem tem memória, relembrar o milagre cavaquista. Deixo aqui alguns habitantes desse oásis, ostentando traços da genialidade económica dinamizada pelo sr.Anibal de Boliqueime.

Voo

Há dias assim. Levantamo-nos de manhã com este desejo incrível de voar.

Água

Com seca ou sem seca, a água é sempre uma tentação.

Aviso

Aos interessados, informo que encontrei o interruptor que acende a luz ao fundo do túnel. Contrariamente ao que nos querem fazer crer, não se encontra relacionado com nenhuma candidatura à presidência. É apenas um modesto interruptor, que já nem deve funcionar, depois de tantos anos de inactividade.

Aranhas

As aranhas são carnívoras e têm muitas formas de capturar as suas presas. Aguardam que a presa pise a sua armadilha atacando-a imediatamente e sugando tudo o que a vítima tiver, quanto mais a presa se debate, mais se enreda na teia.
Andam entre nós, chegam a parecer gente, vestem amiúde fato e gravata. Só uma observação atenta nos permite identificar os seus verdadeiros objectivos, sem cairmos na sua teia.

Máscara

Neste teatro do real, raramente vemos cair, a máscara dos protagonistas.
É pena!

Transgredir

Há alturas em que apetece transgredir, sabe-se lá porquê.

Lingua da sogra

Esta era uma imagem mágica da minha infância, do tempo em que não havia uma pastelaria em cada esquina. A voz amplificada pela corneta despoletava nos putos uma tentação irresistível, mães, avós, vizinha, não importava quem, alguém tinha que soltar a moedinha para comprar a língua da sogra. Ninguém sabia quando, nem donde saía aquele homem com a lata às costas e a corneta na boca, sabíamos apenas que a lata era a arca do tesouro.

O desejado

É o fado português de esperar os Messias. Ontem D.Sebastião, hoje D.Cavaco.
Tentei dar o meu melhor, mas a foto mais recente do Messias que encontrei foi esta. Deve ser do tempo de faculdade, com o cabelo e a barba compridos, ou então de Albufeira, quando andava a engatar "camones" na praia.

Estranhos manequins


Manequins humanos, surpreendentes pela sua energia. Palco, passerelle, cena, sei lá o nome do espaço onde eles deambulavam.

Gafanhoto


Gafanhoto, gafanhoto,
quero passear contigo,

podes ser um bom cavalo,

se eu for muito teu amigo.

Jazz

O piano avança seguro na sua melodia. Apenas na pauta, as notas parecem querer desaparecer.

José Fanha

ORVALHO

Roubas a luz

ao céu cinzento
e vestes folhas flores e ervas
com vestidos cintilantesÉs água e luz
a mais doce e breve e cristalina.És o meu amigo das manhãs brumosas
e eu peço que me ensines o ofício claro
da tua transparência
para que me torne num fantástico alfaiate
e cubra a minha amada pela manhã
com o secreto nome
de uma flor feliz.


(de “Cancioneiro Feliz)

Alma

O termo alma, deriva do latim Ănima, refere-se ao princípio que dá movimento ao que é vivo, o que é animado ou o que faz mover.
Difícil é conseguir captar a alma e apresentá-la em pixéis.

Grito

Grito claro


De escadas insubmissas
de fechaduras alerta
de chaves submersas
e roucos subterrâneos
onde a esperança enlouqueceu
de notas dissonantes
dum grito de loucura
de toda a matéria escura
sufocada e contraída
nasce o grito claro


António Ramos Rosa, Viagem Através duma Nebulosa (1960)

sem rede







Os projectos musicais continuam a nascer por essas garagens. Pena que teimem em apostar na cultura global, abraçando linguas e culturas que não deviam ser as suas.

Autárquicas

Agora que vamos às urnas, deixo aqui este cartoon muito oportuno que homenageia alguns dos actuais/futuros autarcas.

Livro

Atento ao movimento das linhas que dançam sob o meu olhar, permaneço imóvel quase estátua. Qualquer movimento, poderia quebrar o encanto e interromper esta hipnose voluntária.

Que Abril?


O olhar triste não engana, até esta criança se interroga. Onde é que deixaram o 25 de Abril? Sobraram apenas os cravos, esquecidos na fúria descontrolada que teima em limpar todas as lembranças do sonho.

Tango2

Não resisto a deixar-vos aqui, mais um cocktail de sensualidade. A música fica por conta do Lusotango.

Roupa lavada


Tomara que a roupa que se vai lavando por esse país fora, ficasse assim tão branca.
Seriam umas eleições muito mais interessantes e certamente com menos abstenção, se os políticos aprendessem a lavar a roupa, assim, deixando-a branca e pura.

Tango

Movimento sensual, ou apenas sentimento feito dança?

noiva

Nestes anos de fotógrafo tenho conseguido fugir (quase sempre) a ter de fotografar casamentos. Já nem sei bem porquê, talvez porque embirre e pronto!
Desta vez fotografei esta noiva especial, mas num descasamento muito divertido.

sombras


Regressam as sombras negras.
Hoje são os militares, amanhã seremos todos, perigosos manifestantes que põem em causa a coesão nacional. Não sei porquê, mas este discurso faz-me lembrar sombras de outrora.

Espera concreta!

Esta é já uma espera desejada, uma espera esperada.
Espera concreta , embora incerta.

Espera incerta!

Esperar. Eis um dos lugares comuns do nosso tempo. Parte da nossa vida é feita à espera, sempre à espera de qualquer coisa que teima em não chegar. Esperamos sempre, mesmo sem sabermos que estamos à espera.

Não importa o quê!


É esta a magia da fotografia, onde o interesse surge do assunto mais banal e aparentemente sem graça.

Mais folhas

Há também umas folhas que não são verdes, nem vermelhas. Encontram-se geralmente a flutuar, fazendo uso da sua excelente capacidade de sustentação. Também são conhecidas por "cortiças", talvez por serem capazes de flutuar em qualquer ambiente.

Folhas secas?

Porque o interior de cada folha seca é vermelho. Livre de todas as clorofilas alienantes, a folha seca ostenta um vermelho inesperado e inexplicável.