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Desde miúdo, o meu pai ensinou-me sempre que a inveja é uma coisa feia. Com este princípio, assimilado desde tenra idade, aprendi a olhar o alheio com distanciamento. Admirar o Porsche ou o Ferrari alheios, tornou-se um exercício descontraído, de respeito pelo inatingível.
Mais difícil, foi desde sempre, evitar de invejar os pássaros, sobretudo as gaivotas, que quando brincam entre os ventos e a água, fazem parecer tão simples os seus voos, que o seu planar parece um direito de todos nós.